Treze anos atrás, “American Pie” estabeleceu um padrão que se tornaria a base da
comédia americana atual. O filme cheio de escatologia, vulgaridade e muito sexo
foi um sucesso de público, tendo duas sequencias e uma série de lançamentos
para vídeo, e a ideia de trazer de volta toda a trupe do colégio em uma
reunião, em dias de “Se Beber, Não Case”, poderia demonstrar como a franquia
ajudou o humor a evoluir, desde seu papel como elo de ligação das comédias
sexuais adolescentes dos anos 1980, estabelecendo seu legado no humor adulto de
Hollywood.
A
proposta de “American Pie: O Reencontro”, porém, surpreende pelo amadurecimento dos
personagens e sabor nostálgico, que deve agradar mais quem acompanhou a
franquia desde o começo do que quem busca outra história de bebedeiras e
casamento – entre outros motivos, porque o casamento aconteceu lá atrás, no
terceiro filme.
Um fenômeno
interessante acontece no roteiro de Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg (“Madrugada Muito Louca”), que assinam também a
direção. Excetuando-se Stifler (Seann William Scott), que jamais conseguiu crescer e
se tornar um adulto de verdade, todos os outros rapazes da turma de Jim (Jason Biggs) são agora homens responsáveis e não caricaturas de
pais de família. Em dado momento, quando rodeados por dezenas de adolescentes
cheios de hormônios, eles se questionam se eram “assim tão irritantes” anos
atrás.
Existe
uma preocupação muito sincera com a vida conjugal, maternidade, futuro e
especialmente com o passado, que parece ser o grande motivo para toda a
história. Apesar de aparentemente felizes, muita coisa ficou sem resolução após
o colégio, e esse reencontro fortuito vem para auxiliar os últimos pingos a
encontrarem seus is.
Ainda que o lado
dramático seja surpreendentemente bem desenvolvido, a expectativa em torno do
lançamento se devia ao humor da franquia. Mas, tantos anos depois percebem-se
que piadas envolvendo excremento, mulheres nuas e beijos gays não têm o mesmo
impacto e valor cômico, deixando todo o conjunto extremamente datado, com cara
de filme-homenagem.
O
diálogo esperto se mostra mais interessante do que as incessantes gags, o que
deve decepcionar quem esperava rir de gente fazendo sexo com tortas ou algo que
o valha. De qualquer maneira, ver pessoas de mentira crescerem de verdade na
tela do cinema não deixa de ser emocionante. E até quem achava “American Pie” a
parte mais rasa do humor cinematográfico pode se perceber estranhamente
emocionado.
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Meu nome é Davisson Oliveira, Virginiano, 16 anos, fã da Rihanna e de Glee, sou perfeccionista, apaixonado e feliz. Odeio qualquer tipo de comparação e falsidade. Gosto de curtir a vida, e meus amigos são as melhores pessoas do mundo. Davisson Oliveira |
4 comentários
Gostei do texto. E eu amei esse filme :D
Beijos,
http://marinaalessandra.blogspot.com.br/
@maaryale
Nossa, já se passaram 13 anos? Tempo viu!! eu sempre fui fã de American Pie, é um de meus filmes de comédia favoritos *-*
Seguindo seu blog :D
Beijinhos :*
http://www.cherrycharmosa.com/
Olá flor adorei o blog e a postagem adoro american pie assisti todos :)
Já estou seguindo o blog se puder seguir o meu agradeço.
beijos,
http://sweetworldgirls.blogspot.com.br/
Eu não assisti a esse filme,mas a minha amiga assistiu e disse que é muito bom.
http://i-teenbr.net.tc
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